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quarta-feira, 16 de março de 2011

A viagem VII


“Quando me dei conta, estava novamente no divisor de mundos. Era o quebra-molas que me transportava até um mundo completamente interessante. A chuva apertava de uma maneira curiosa como se me preparasse para um velho novo momento único: eu estava perto da moça.
Bem perto de onde tem uma vasta grama bem verde, que já estava invisível pela escuridão da noite e, talvez, pelo frio do vento que sobrava vindo pelo lado contrário, íamos todos bem felizes dentro daquele carro e quando ele começou a parar, eu senti um cheiro bem forte de churrasco. Vi também que a moto amarela já estava em frente a sua casa, bem perto de um poste de luz.
Quando eu ia entrando, perdi um pouco da noção do momento que estava a acontecer. Lembrei de uma situação passada que nos fez dar risada e perder algum tempo ao procurar uma chave perto do gnomo de jardim. Estávamos o fotógrafo, e mais duas pessoas, uma delas era filha do meu amigo, e eu. Contaram que quando o fotógrafo jogou a chave, a filha do meu amigo não alcançou e ela caiu no jardim. No final da história, o fotógrafo foi chamado para ajudar a procurar e eu fui com ele. É difícil entender como não achávamos a chave se ela estava num lugar aparentemente fácil de achar. Procuramos por quase meia-hora. Sujamos as mãos e quando vimos, a chave estava presa num dos galhos daquele bonito jardim. Talvez foi apenas mais uma situação criada pelo destino que nos possibilitasse dar boas risadas.
Parece que o tempo parou quando eu lembrei da situação. Foi bem importante, pois não recordo muito bem da correria por causa da chuva que nos molhava.”

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