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sexta-feira, 11 de março de 2011

A viagem VI

“Depois de a moto amarela virar para a esquerda, nosso carro virou à direita. Eu não entendi muito bem, mas só me dei conta que estava na casa da minha amiga quando vi as filhas do fotógrafo e sua esposa. Quando desci do carro eu pisei numa manga e tive a certeza de onde eu estava.
Se não bastasse, um pequenino ser veio até mim. Eu lembrava dele sempre, pois entre minhas roupas existe uma toalhinha com seu nome, mas eu o chamo de garotinho. Acho que foi a primeira criança que eu peguei no colo. Me dava vergonha quando alguém o chamava e ele não queria sair de perto de mim. Que bebê maluco, por que queria ficar perto de alguém que não sabia nem segurá-lo direito? Ele impressionantemente veio com um brinquedinho e sorriu pra mim. Logo depois, todas as outras crianças estavam por perto gritando meu nome e dizendo que sentiam saudade.
Todos estavam bem felizes e já percebi nas crianças que nem todos estavam surpresos por eu estar ali.
Tudo foi tão legal que eu nem percebi que estava na casa da minha amiga, que mora do lado do fotógrafo. Logo, a enfermeira, já de banho tomado e roupa pra comemoração, estava de volta e entramos todos no carro. Na verdade o abarrotamos, pois juntos a nós estavam a fotógrafa e o esposo da enfermeira, a quem eu chamo de português, mas nem por isso reclamávamos. Tudo era motivo pra darmos risada, até um quebra-molas que nos fazia bater a cabeça no teto do carro.
Um exato instante foi único. Logo na entrada da cidade, existe um quebra-molas, que divide a estrada e o trevo. Ele é bem pequeno, mas que nunca esquecerei e não sei dizer o porquê. Acho que o considero um divisor de mundos.
Já de noite fomos pra casa da moça. A chuva começou a cair.”

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